quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Passeio pela Orla do Guaíba - O Biguá



Biguá (Phalacrocorax Brasilianus - 70 cm)
Sempre que vamos até o Gasômetro, tento fotografar os Biguás e não é fácil. Eles passam voando em bandos longe das margens do Guaíba e são muito rápidos. Geralmente ficam ao redor dos pequenos barcos de pesca e aí também ficam numa distância que a minha lente não alcança. Desta vez tive a sorte e a honra de ver um deles pescando bem perto da margem. Foi muito legal vê-lo mergulhar por um tempão e reaparecer bem longe do lugar de onde havia partido. Fiz uma breve pesquisa nos livros aqui de casa e encontrei uma característica curiosa dessas aves: como elas não possuem glândula uropigiana, precisam secar as penas após o mergulho. Nas aves que possuem a tal glândula é produzido um óleo que elas passam nas penas, com a ajuda do bico, para deixá-las arrumadas e impermeabilizadas. Como as penas dos biguás ficam encharcadas, quando em contato com a água, fica mais fácil mergulhar para pescar. Por isso, depois de pescar, é comum ver um biguá parado ao sol, com as asas abertas para se aquecer e secar as penas. (Ana)

3 comentários:

Fotos do Diestel disse...

mt boa as fotos, em particular a do meio. em que somente apóa a terceira pedra jogada na água, o Bigua resolveu alçar voo!!! parabés, pena a pontaria!

... DdAB - Duilio de Avila Berni, ... disse...

Gostei muito da interpretação de Diestel, atrevendo-me a complementá-la rapidamente. Em minha opinião de vice-campeão de torneios tramandaienses de marrequinha (no rio que dá nome à cidade de mesmo nome), apenas um prato de macarrão pode levantar tal aguaceiro. Esta interpretação tem uma evidência interessante, talvez despercebida pelo educado olho do observador desavisado que é que, se espelharmos a foto, veremos um fiozinho de massa (spaghetti com molho de tomate, creio) num cantinho do bico do animal. Para ambos três vivas!
Adalberto de Avila

Claudio Arriens Santos disse...

Aquela 2ªfoto, onde o Biguá está alçando vôo em plena água, simplesmente é digna de estar nas páginas da NatGeo. Parabéns.