segunda-feira, 30 de junho de 2008

Momento Decisivo







O grande fotógrafo Henri Cartier-Bresson criou o conceito de "momento decisivo": o instante no qual todos os elementos de uma cena se inter-relacionam de tal forma que expressam o evento da melhor maneira possível. Para captar tal momento, são necessários previsão e bons reflexos.

Fotografei a aranha, que aparece na terceira foto, primeiramente sozinha. Fui fazer outras fotos e, quando olhei de novo para ela, lá estava a mosca em seus palpos! Eu deveria ter ficado olhando para a aranha e fotografado o momento da captura, mas eu simplesmente não previ que isso poderia acontecer.

No caso da quarta foto, fiquei observando a formiga que rondava o bichinho. Vai acontecer alguma coisa -- disse para mim mesmo. E não foi que aconteceu! A formiguinha passou por cima do bicho, dando uma rápida paradinha na cabeça dele!! O pior é que eu fiz a foto, mas ela ficou fora de foco: desta vez faltaram os reflexos, a velocidade para fazer o ajuste do foco (que nessas situações é sempre feito manualmente).

Talvez seja isso o que me faz gostar de fotografia: parece simples, mas com certeza vou passar o resto da minha vida aprendendo. (Sílvio)

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Disfarçadas







A minúscula aranha da primeira foto é facilmente confundida com um nozinho num ramo da planta -- notem a semelhança entre a pequerrucha e a região ao seu lado, na base da folha.

A aranha verde, do meio, é praticamente transparente! Com o sol batendo por trás da folha, ela fica quase invisível.

Ainda não sei como vi a aranha da última foto. Na verdade só a vi porque se movimentou. Aliás, para fotografar esses bichinhos, temos que ter a paciência de ficar "olhando para o nada", com a visão meio desfocada e a atenção em pequenos movimentos. O tempo, então, passa de uma maneira diferente: pensamos ter passado poucos minutos, mas pode muito bem ter passado uma hora.

Ah, as flores eu as coloquei porque são bonitas, para enfeitar. Olhando depois com mais cuidado, fiquei na dúvida se há ou não uma aranha na primeira. Como o foco não foi feito naquela parte -- eu fotografava a flor --, fica difícil dizer se é mesmo uma aranha amarela com as patas da frente abertas. O que vocês acham? (Sílvio)

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Mais Aranhas








A terceira foto não está muito nítida, mas não pude deixar de incluí-la porque nela aparece uma aranha tecendo sua teia. Vejam o fio sendo puxado de sua fiandeira por uma de suas pernas. Ela estava tentando se esconder de mim, que a estava incomodando com vários clic’s. Esta aranha é muito pequena, deve medir apenas uns 5 milímetros.
As aranhas para alguns são assustadoras, mas se olharmos com atenção, sempre de uma respeitosa distância, principalmente quando não as conhecemos, podemos ver que não são apenas bichinhos de oito pernas e vários olhos, mas que têm formatos bem variados e as mais diversas cores. Acho todas elas muito lindinhas. (Ana)

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Muito Frio





Não dá para fotografar com as mãos nos bolsos. Não poder se mexer de tanta roupa, também não ajuda. Estar gripado? nem se fala. Talvez devessemos ter ficado em casa no domingo de manhã, evitando o vento congelante. Mas eu não teria feito a foto de sabiá-laranjeira (Turdus rufiventris) que há tanto queria -- acho que ele também estava com frio e não conseguiu fugir de mim como de costume --. Também não teria reparado nas flores de capim, lindas na contraluz. Não teria visto a mosquinha e sua sombra interessantes. E não teria encontrado a roupa velha deixada por uma cigarra que, se fosse esperta, já estaria em casa tomando chá, ao lado do aquecedor e com bolsas de água quente, vendo filmes, da mesma forma que nós fizemos de tarde. (Sílvio)

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Pensar Pequeno







No sábado, antes da chuva, Ana e eu fomos ao Jardim Botânico. Eu estava disposto a fotografar de perto -- bichinhos pequenos, flores... --. O interessante é que é muito comum não ver nada quando olhamos da forma costumeira, aquela forma utilizada nas caminhadas "normais". Para ver é necessário virar as folhas das árvores, abaixar-se e procurar no meio da grama e, principalmente, não achar que viu de verdade porque já passou os olhos por cima várias vezes. As florezinhas estão na grama por toda parte, mas só quem se abaixa e olha de perto percebe o quanto são bonitas. (Sílvio)

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Borboletas






Gosto de todas as borboletas, mas adoro a pequenininha das duas primeiras fotos.
Onde está a cabeça da borboleta da quarta foto? (Ana)

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Beija-flor










Sábado (31/05/2008) fui passear lá para os lados de Dois Irmãos com meu grande amigo André Diestel. Na beira de uma estrada de chão batido, vimos um montão de malvaviscos (Malvaviscus arboreus) e eu disse: "Se pararmos aqui, acho que vamos conseguir fotografar algum beija-flor, eles adoram estas flores." Foi o que fizemos, e eu tive a sorte de conseguir estas fotos do tesoura-de-fronte-violeta (Thalurania glaucopis) - o nome, como sempre, vi depois em um livro. Não foi fácil fotografá-lo: ouvíamos apenas o bater de suas asas e tentávamos ver onde ele estava - quase sempre parava (pousado ou planando) atrás de vários galhos. Era um ir e vir entre os malvaviscos e os pinheiros do outro lado da estrada. No fim, nossa paciência foi recompensada. (Sílvio)