quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Risadinha




Risadinha (Camptostoma obsoletum - 11,5 cm)

Durante muito tempo apenas ouvi o canto deste passarinho, se é que dá para chamar de canto, pois, conforme o nome indica, é muito parecido com uma risadinha. Até parece que ele fica dando risada da gente por não conseguirmos vê-lo, uma vez que é pequeno e de cor parda. Esta ave alimenta-se de insetos e, além da sua voz alegre, tem o hábito de eriçar o topete e levantar a cauda. Vale a pena conferir no endereço abaixo a sua risadinha.
http://www.aves.brasil.nom.br/servlet/searchSoundsByCommonName?nextPage=%2Fframe.jsp&pageToShow=%2Fjsp%2Fcommon%2Fdisplay%2FdoShowDataByCommonName.jsp&doAction=&id=3388&text

(Ana)

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Cores de Aranha






Depois que tomei gosto pelas fotos em preto e branco, ficou muito difícil querer fazer fotos em cores; mas estas três lindas aranhas constituem motivo suficiente para esta breve “recaída”.
A primeira aranha acima tem uma espécie de escovinha debaixo de cada uma das quatro patas da frente. Por que será? Talvez ela limpe suas presas antes de comê-las (?). Ou será que aqueles pêlos a ajudam a segurar melhor as suas vítimas? Também pode ser que seus pretendentes a achem atraente assim, sem depilação. Há sempre mais perguntas que respostas.
A segunda aranha (nas três fotos do meio) deve levar os machos de sua espécie à loucura com aquele rico bumbum com listrinhas coloridas! Em sua foto mais de cima, na pontinha da folha, vemos um trançado de teia contendo ovinhos, comprovando que ela não perdeu tempo.
A última aranha já é de uma beleza mais agressiva, fatal. As protuberâncias vermelhas em seu abdômen parecem dizer: “Não me provoquem, se não puderem agüentar as conseqüências.”.
Todas estas três aranhas foram fotografadas no Jardim Botânico de Porto Alegre na tarde de ontem. Esta é a melhor época para visitá-lo. O que vocês estão esperando? (Sílvio)

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Guaracava-de-bico-curto



Guaracava-de-bico-curto (Elaenia parvirostris – 13 cm)

No finalzinho de nosso último passeio no Jardim Botânico, achei este lindo passarinho numa pitangueira do mato. Na verdade eu estava admirando a árvore, da qual gosto muito. Suas flores brancas são pequenas e delicadas e seus frutos, uma delícia. Uma árvore frutífera é sempre um excelente lugar para achar passarinhos. Não achei nada sobre este pássaro nos livros aqui de casa. No fôlder do Jardim Botânico, além da identificação do bichinho, consta que é uma ave migratória que passa o verão por aqui.
(Ana)

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Sanhaçu-papa-laranja e Pardal


Sanhaçu-papa-laranja (Thraupis bonariensis – 18 cm)



Pardal (Passer domésticus – 15 cm)

As duas primeiras fotos são de um sanhaçu-papa-laranja macho (a fêmea, que desta vez não estava por perto, é de cor verde-pardacenta – ver postagem de 25/05/2008 com o título “Visitantes Ilustres”). Este pássaro se alimenta de flores, brotos, insetos e, preferencialmente, de frutos, dos quais dizem que é um devorador insaciável. Na primeira foto ele aparece “furtando” pedacinhos de banana pendurados por dentro da gaiola das araras do mini-zoológico na Redenção.

Na terceira foto, de uma família de pardais, o macho é o segundo a contar da esquerda para a direita. Estas aves, originárias da Europa, desde que chegaram ao Brasil adaptaram-se muito bem e estão espalhadas por todos os estados brasileiros. Dizem que é a ave mais bem adaptada ao ambiente urbano. Além de sementes, que é o seu alimento natural, também ingerem insetos, frutos e, até mesmo, descartes do homem. Seus ninhos são muitas vezes feitos em construções humanas, tais como forros de telhados, postes de luz, semáforos, etc. Também costumam ocupar ninhos abandonados de outras espécies, como as casas do João-de-barro. Por causa da sua facilidade de adaptação, multiplicam-se enormemente. Alguns estudiosos de pássaros até acreditam que os pardais competem ameaçadoramente com algumas outras espécies pelos recursos alimentares e locais de nidificação.

(Ana)

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Persiana


Tanto se parece com uma persiana que só um olhar atento nos permite descobrir como a natureza nos pregou esta peça! (Sílvio)

Saracura-do-brejo



Saracura-do-brejo (Aramides saracura - 32 cm)

É possível encontrar várias dessas aves no Jardim Botânico, mas elas são muito ariscas e fogem rapidamente quando nos aproximamos. Na última foto, dá para vê-la em disparada. Acho as suas cores muito bonitas. Seu canto (grito) pode ser ouvido no site abaixo ou ao vivo no Jardim Botânico! http://www.aves.brasil.nom.br/servlet/searchPhotosBySpecie;jsessionid=1DEAD823C2E885DC46FE4E1D65BD68B0?nextPage=%2Fframe.jsp&pageToShow=%2Fjsp%2Fcommon%2Fdisplay%2FdoShowDataBySpecie.jsp&doAction=&familyId=&id=3697&text
(Ana)

Aprender Sempre





Cada vez que saio com meu amigo André, aprendo alguma coisa nova. Ele já havia me dito como fazer molduras para as fotos, mas só no passeio de ontem é que fui entender de fato como fazê-las. Ter a oportunidade de compartilhar conhecimentos é uma bênção. Sei que falo muito sobre aprendizado; mas é porque, sendo professor, me preocupo mais com o processo de aprender do que com o que aprendemos. E aprender é muito mais fácil se não estamos sozinhos nessa caminhada. O que ensinamos torna-se mais claro para nós mesmos; o que aprendemos nos torna mais humildes. (Sílvio)

sábado, 11 de outubro de 2008

Agitação de Primavera








Com a chegada da primavera os bichinhos estão na maior agitação, e eu também! Fico eufórica só de pensar na quantidade de insetos, aranhas e sei lá o que mais que eu nunca vi e nas fotos legais que posso fazer. É só procurar no meio das folhas, flores, frestas de quaisquer paredes ou madeiras e eles estão lá.
Na primeira foto, a aranha, que parece estar usando umas luvinhas de boxe, não ficava quieta: passava de cima para baixo e de baixo para cima das pétalas da flor muito rapidamente. Ela é bem pequena, menor que a ponta da pétala da margarida na qual estava.
A segunda foto é de uma larva de joaninha. Como é que um bicho desses pode ficar tão bonito depois?!
A terceira foto é de uma aranha saltadora e irritadinha. Acho que ela se enxergava na lente da máquina e ficava atacando a outra suposta aranha. Tentei impedir que ela fugisse aproximando minha mão, mas só consegui deixá-la mais irritada: ela pulou na minha mão e depois foi embora (além de me dar um baita susto).
Antes eu nunca havia prestado atenção a um mosquito (quarta foto). Quantas cores ele reflete! Acho que era uma fêmea, pois o macho tem as antenas bem maiores e na forma de árvores de natal.
A aranha verde da quinta foto é mais tranqüila que as outras desta postagem. Foi mais fácil fotografá-la, pois além de ser maior que as outras, mais caminhava que pulava.
A formiga da sexta foto é muito linda, né?
(Ana)

Que bicho é este?






A primeira vez que vi este bichinho, achei que era uma formiga atacando alguém. Mas, observando mais de perto, percebi que era um único inseto muito esquisito. Chamei a Ana para olhar também; mas, assim que ela pôs os olhos nele, ele saiu voando.

Ontem foi a Ana quem o encontrou e me chamou para fotografá-lo. Que fantástico que ele é! Suas costas parecem uma terrível formiga, intimidando possíveis inimigos que se aproximem pela retaguarda. Eu também pensaria duas vezes antes de atacá-lo pela frente, pois sua carranca não é nem um pouco menos assustadora.

Se algum dia eu tiver que criar algum monstro para um filme, já sei que não será necessário espremer a minha imaginação: o catálogo de insetos me servirá muito bem. (Sílvio)

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Visões do Jardim Botânico





Tudo isto foi visto no Jardim Botânico no ensolarado dia de ontem!
A foto do urubu com a Lua foi do tipo "momento decisivo": vi o urubu voando e esperei até que ele passasse perto da Lua (na verdade eu queria que ele passasse bem na frente, mas isso não aconteceu). Pus uma moldurinha preta (que aprendi a fazer com meu amigo André Diestel) porque achei que ficaria bem nesta foto.
Já a foto do lagarto não foi tão difícil de ser feita. Descobri que ele não se importa com nossa proximidade, desde que a gente não se mexa. Quando fazemos qualquer pequeno movimento, ele põe a língua para fora e cheira o ar, talvez tentando sentir o que é que está por perto; se nos movimentamos de forma um pouco mais brusca, ele se manda correndo.
Foi um dia em que tentei aplicar alguns dos ensinamentos do grande fotógrafo Ansel Adams. Estou lendo os livros dele e tentando adaptar o que ele ensina sobre a fotografia com filme ao mundo da fotografia digital. Como é bom não precisarmos redescobrir tudo sozinhos! Estou cada vez mais convencido de que o caminho mais curto para o conhecimento é aquele que une estudo e prática. (Sílvio)

sábado, 4 de outubro de 2008

Questão de Gosto



Gosto muito de desenhos feitos com grafite. Sempre que vejo algum, feito por um mestre, sou capaz de ficar horas a estudá-lo. Quando um verdadeiro artista desenha uma mesa de madeira, nós vemos que é de madeira e até de que madeira é. Por incrível que pareça, podemos também ver se ela é áspera ou lisa, velha ou nova, brilhante ou fosca... Mas o mais impressionante é o fato de que, nesses desenhos, chegamos a “ver” as cores! Como? (São apenas tons de cinza.) Mágica, só pode ser mágica.
Nas fotos em preto e branco feitas por um fotógrafo de verdade, ocorre algo semelhante. Nossa imaginação preenche as lacunas e vemos mais do que poderíamos ver com a presença das cores.
Gosto de desenhos com grafite e de fotos em preto e branco muito mais do que de suas versões coloridas. É difícil explicar por quê. Acho que é porque eu sempre gostei das coisas simples. O meu “azar” é que, quando as coisas são simples, tudo nelas é essencial e tem que estar no “lugar certo”. Qualquer errinho grita. O mais simples é o mais difícil. Vai entender!? (Sílvio)

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Fim-fim





Fim-fim (Euphonia chlorotica – 10,4 cm)

No último passeio que fizemos ao Zoológico, fotografei também um casal de gaturamos, mais conhecidos pelo nome de Fim-fim por causa de seu canto. A fêmea, menos colorida (3 primeiras fotos), aparece arrancando fiozinhos de um galho de uma árvore, provavelmente para fazer um ninho. Quando comecei a fotografar o macho que calmamente observava o trabalho da fêmea, ele deu um rápido mergulho e sumiu no meio da mata. Ao ver essa cena, não pude deixar de pensar que a fêmea faria sozinha o trabalho todo, enquanto que o “trabalho” do macho seria apenas manter-se bonito. Já o Sílvio achou que o macho estava só descansando um pouquinho, depois de já ter trabalhado muito, e que logo retornaria a labuta. Procurei achar informações sobre isso e acabei descobrindo que o casal constrói o ninho juntos, com fibras vegetais e folhas secas, e nele a fêmea põe de 3 a 5 ovos. Após 15 dias, nascem os filhotinhos que são alimentados pelo casal. Mais algumas informações podem ser vistas no site http://www.avespantanal.com.br/paginas/289.htm .
(Ana)